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Campo Grade, 6:41 min, 2010

A turbulência dos espaços liberados pelas de diferenças na praça do Campo Grande em Salvador levanta algumas questões. Quem tem o poder de tornar os espaços em lugares ? Quem dramatiza e faz do espaço público um espaço-fluxo em permanente estado de conflito onde o contato, controle e a disputa social tem lugar? 

Estas questões se evidenciam quando a produção da escala pública numa metrópole como Salvador escapa a qualquer tentativa planejamento e apreensão tanto qualitativa quanto quantitativa. Assim, a praça e sua vizinhança podem ser vistos também como o espaço do consumo coletivo, das antagonias espaciais, da exclusão e da instabilidade por excelência. É neste lugar onde a velocidade, o volume, o choque e a justaposição de perspectivas, que ficam borrados limites convencionais entre o que é vivo e o  que é estático.  O filme é parte da videoinstalação Campo Grade montada em 2010 na capela do MAM, BA.

Saindo de casa, 7:45 min, 2007

Como situar os que habitam ou cruzam fronteiras, refugiados de guerra, população de rua, trabalhadores migrantes e “nômades”? Como reterritorializar uma população em trânsito que perdeu suas amarras a lugares definidos? De que forma os sentidos espaciais se estabelecem?

Vivemos uma condição generalizada de “sem teto”, em um mundo sem fronteiras fixas, onde as identidades estão se tornando cada vez mais desterritorializadas. O vídeo “saindo de casa” alude a este espaço movente e fora da lei temporal e territorial fixa que rege o lugar e a arquitetura de projeto ao mesmo tempo em que por cadeia apontam de forma sutil para uma política habitacional desigual, deficitária e exclusória.

Instrumentos para dobrar rios, 6:46 min, 2014

Das dunas, seu Nilton aponta para um lugar imaginário no meio do lago e lembra da antiga Casa Nova submersa no fundo das águas do São Francisco. A quantidade de rio preso pela barragem é um mar no meio da caatinga, quase não se vê terra na linha do horizonte. A muralha de concreto que segura a potência do São Francisco, fez a água engolir quatro cidades provocando um êxodo de cerca de 70 mil pessoas, a migração e o desaparecimento de um sem número de animais. A contenção que deforma a força do rio e ilumina parte do sertão é a mesma que escurece no fundo do lago, velhas memórias. Mais na frente, o São Francisco adoece. O vídeo fala de um lugar onde a reação, as táticas de mobilidade, mapeamento de experiências e deslocamentos sejam um contra-posicionamento às bem planejadas ocupações estáticas como as construções e monumentos de longo prazo.

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